sábado, 6 de abril de 2013

CRITICISMO EM CAUSA


Compreendo a tristeza de todos que se sentiram mal com a saída do meu amigo Mário Sérgio da parte de Opinião do Mogi News. No entanto, não consigo absorver a idéia de que permaneci no jornal porque talvez afine minhas idéias com o PRAVDA, ou outros fascistas, como o Sr Kachel sugere chamando o Mogi News de "Pasquim capachildo" nos e-mails que trocou com outros fãs do professor, até mesmo porque minha crônica foi parar no lugar da de Mário. Não entendem as pessoas que elas podem nos ferir muito nestas manifestações de furia? A mim pessoalmente, cabe dizer que o Sr. Kachel sabe bem pouco de minha vida. Não sabe por exemplo que estou agora naquela página por acaso absoluto do jornal,  pois não entro no campo editorial do mesmo. Mas o desconhecimento da minha pessoa vai muito além disso. Acha mesmo o Sr Kachel que o Mogi News é um "pasquim capachildo do poder"? E os demais, compartilham esse pensamento? Arre égua! Então, o que será a Revista Veja, o que serão a Folha de São Paulo e o Estadão? Se assim for, o que lêem então? Já sei: Lêem a revista Quatro Rodas, a Nova, a Claudia, a Play Boy. Que mais? Duvido que tenham uma assinatura do L'Express ou outra publicação daquele nível.
Fico pensando se nesta cidade é possível haver um jornal que não venda espaço para o poder público. Se houver, conte-me qual é. Além de atos oficiais, contam o que  acontece nesta província de Mogi das Cruzes e arredores. Há também um dia com necrológio e outro em que se divulgam as proclamas de casamento. Vou contar ao Sr Kachel como leio o jornal. Naturalmente, inicio pelo necrológio, quando há. Não importam os nomes dos mortos, e sim o sexo e a idade. Para um cientista social, é de grande importância saber a média de idade dos falecidos e tabulá-las por sexo. Podemos assim ver onde ficam os cortes de óbitos em cada época, e é possível mapear as circunstâncias destes óbitos, para então perguntar, por que a faixa dos 40 anos está mais vulnerável agora? Uma consulta aos arquivos daria as "causae mortis " e seria possível estabelecer metas para prevenção a mortes precoces. E as proclamas de casamento? Sentiram como são bem mais tardios?Viram quantos vem de União Estável transformada em casamento formal? Perceberam por acaso a transformação do perfil da família brasileira? Pois bem, se o pasquim do Sr Kachel fosse lido sob outra ótica, saberia ele que sua importância não está só nos cronistas. Mas o jornal também é um lustrador de egos. E o Sr Kachel já andou em suas colunas sociais. Kachel, odeio qualquer tipo de tirania, e aposto contigo que minha história de luta é bem mais ampla que a sua. Se quiser, frequente o passapalavra.info, ou o desinformemonos.org, e depois, conversaremos.

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