Compreendo a tristeza de todos que se sentiram mal
com a saída do meu amigo Mário Sérgio da parte de Opinião do Mogi News. No
entanto, não consigo absorver a idéia de que permaneci no jornal porque talvez
afine minhas idéias com o PRAVDA, ou outros fascistas, como o Sr Kachel sugere
chamando o Mogi News de "Pasquim capachildo" nos e-mails que trocou
com outros fãs do professor, até mesmo porque minha crônica foi parar no lugar
da de Mário. Não entendem as pessoas que elas podem nos ferir muito nestas
manifestações de furia? A mim pessoalmente, cabe dizer que o Sr. Kachel sabe
bem pouco de minha vida. Não sabe por exemplo que estou agora naquela página
por acaso absoluto do jornal, pois não
entro no campo editorial do mesmo. Mas o desconhecimento da minha pessoa vai
muito além disso. Acha mesmo o Sr Kachel que o Mogi News é um "pasquim
capachildo do poder"? E os demais, compartilham esse pensamento? Arre
égua! Então, o que será a Revista Veja, o que serão a Folha de São Paulo e o
Estadão? Se assim for, o que lêem então? Já sei: Lêem a revista Quatro Rodas, a
Nova, a Claudia, a Play Boy. Que mais? Duvido que tenham uma assinatura do
L'Express ou outra publicação daquele nível.
Fico pensando se nesta cidade é possível haver um
jornal que não venda espaço para o poder público. Se houver, conte-me qual é. Além
de atos oficiais, contam o que acontece
nesta província de Mogi das Cruzes e arredores. Há também um dia com necrológio
e outro em que se divulgam as proclamas de casamento. Vou contar ao Sr Kachel
como leio o jornal. Naturalmente, inicio pelo necrológio, quando há. Não
importam os nomes dos mortos, e sim o sexo e a idade. Para um cientista social,
é de grande importância saber a média de idade dos falecidos e tabulá-las por
sexo. Podemos assim ver onde ficam os cortes de óbitos em cada época, e é
possível mapear as circunstâncias destes óbitos, para então perguntar, por que
a faixa dos 40 anos está mais vulnerável agora? Uma consulta aos arquivos daria
as "causae mortis " e seria possível estabelecer metas para prevenção
a mortes precoces. E as proclamas de casamento? Sentiram como são bem mais
tardios?Viram quantos vem de União Estável transformada em casamento formal?
Perceberam por acaso a transformação do perfil da família brasileira? Pois bem,
se o pasquim do Sr Kachel fosse lido sob outra ótica, saberia ele que sua
importância não está só nos cronistas. Mas o jornal também é um lustrador de egos.
E o Sr Kachel já andou em suas colunas sociais. Kachel, odeio qualquer tipo de
tirania, e aposto contigo que minha história de luta é bem mais ampla que a
sua. Se quiser, frequente o passapalavra.info, ou o desinformemonos.org, e
depois, conversaremos.
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